Relatório de pesquisa de campo
TEMA: A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem
como objetivo refletir sobre a inclusão de crianças com deficiência visual na
educação infantil, analisando o processo de ensino e aprendizagem que é
desenvolvido pela professora para o aluno com tal deficiência.
A inclusão e a participação são valências
fundamentais para a dignidade humana e exercícios dos direitos humanos, o que
em termos de educação se traduz numa igualdade de oportunidade.
Para González (2003: 58), “a inclusão mais do que um juízo de valor é uma forma de melhorar a
qualidade de vida, onde a educação pode desempenhar um papel primordial ao
oferecer as mesmas oportunidades e idêntica qualidade dos meios a todos (…).
Trata-se de dar opções, de lugar, de oferecer recursos e de melhorar a oferta educativa
em função das necessidades de cada individuo, sem permitir a exclusão e
oferecer como segunda oportunidade a integração escolar”.
A pesquisa foi em uma escola municipal
localizada no bairro do mandacaru, na cidade de Jequié – Bahia. Na turma do
pré, com 20 alunos entre 04 e 05 anos de idade um deles com deficiência visual.
A pesquisa foi desenvolvida no período entre os dias 22 de outubro a 5 de novembro de 2019 em uma escola
municipal no turno matutino, com o objetivo de observar “a inclusão de
crianças com deficiência visual na educação infantil”.
Essa atividade foi proposta
pala diciplina de Educação Infantil I do curso de licenciatura em Pedagogia da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
REFERENCIAL
TEÓRICO
O termo Necessidades Educativas Especiais (NEE) está associado a pessoas com problemas sensoriais, físicos,
intelectuais e emocionais e com dificuldades de aprendizagem derivadas de
fatores orgânicos e/ou ambientais.
Para compreender a
inclusão educativa, recorremos a Soares (2003: 48), que a define como: “um ambiente de aprendizagem em que se
reconhecem e se acolhem as diferentes necessidades de aprendizagem de todas as
crianças, designadamente das crianças com NEE, apoiando essas mesmas
necessidades numa variedade de formas”.
Este autor acrescenta ainda, que em termos
operacionais a inclusão significa - Educar todas as crianças e jovens num único
sistema educativo em que:
- Os alunos com NEE são
membros da mesma comunidade escolar, como semelhantes e irmãos;
- Os alunos com NEE
serão colocados em níveis e classes apropriados à sua idade;
- Os alunos com NEE têm
um programa educacional individualizado em que se incluem tanto os aspectos
curriculares como os institucionais;
- Os apoios
especializados (serviços de educação especial) são postos à disposição na
escola regular e no meio comunitário.
Isso demonstra que a inclusão não se faz de
qualquer forma, é preciso levar em conta alguns parâmetros que são importantes
e indispensáveis para alcançar a inclusão propriamente dita. É preciso levar em
conta o grau de dificuldades de cada aluno, a faixa etária, o currículo
escolar, conhecer o seu meio comunitário (…).
Para Garcia Pastor (1996) cit. In: Gonzales
(2003: 59), em linhas gerais, a educação inclusiva baseia-se em acolher todos,
comprometendo-se a fazer qualquer coisa que seja necessária para proporcionar a
cada aluno da comunidade – e a cada cidadão de uma democracia - o direito
inalienável de pertença a um grupo e a não ser excluído.
METODOLOGIA
A aula inicia com a professora faz a rodinha,
nesse momento tem a oração e cantigas ela pergunta como as crianças estão. Não
tem como ficar sem reparar que o aluno deficiente visual é excluído totalmente.
A aula inicia com a professora relembrando da ultima atividade, o aluno com
deficiência visual não tem uma cuidadora, falta material pedagógico e
capacitação para a professora no processo de ensino e aprendizagem.
Observação das
atividades desenvolvidas na sala do pré, em uma escola municipal com uma
turma de alunos com 4 e 5 anos de idade realizada pela aluna Juliane Vieira dos
Santos.
A
pesquisa qualitativa foi feita na escola com objetivo de analisar a inclusão de
crianças com deficiência visual na educação infantil, uma entrevista com a
professora.
O presente relatório visa descrever e analisar
as ações pedagógicas desenvolvidas no processo de ensino aprendizagem e como o
aluno deficiente é incluso nas aulas a partir dos dispositivos da observação de
aulas e a realização de uma entrevista com a professora regente da referida
turma que tiveram como objetivo de me fazer refletir a teoria estudada sobre o
assunto proposta pela disciplina Educação Infantil I do curso de licenciatura
em Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB.
Para análise da entrevista foram selecionados
indicadores com a apresentação dos temas desenvolvidos no roteiro das
perguntas. Para a professora entrevistada as perguntas serão apresentados
durante a descrição e análise dos dados de cada resposta.
A professora responsável pela turma, da qual
realizei a observação quando questionada sobre que dificuldade a senhora
encontra ao trabalhar com esse aluno relatou:
“Encontro varias dificuldades com o
pequeno por não saber como agir com o mesmo, não tenho ajuda e nem
especialização na área”. (C. C. S.).
Diante do relato da
professora observei que a mesma
encontra dificuldades por não ter uma especialização, falta material pedagógico
especifico e não encontra auxilio da escola.
Na questão direcionada sobre como é a relação família
e escola relatou:
“A família é super protetora, a mãe
acredita que o pequeno não tem capacidade de se desenvolver, e por não ter autônima
em casa na escola agir do mesmo jeito”. (C. C. S.).
Durante a observação
pode perceber que o ano com deficiência visual é totalmente dependente da
professora para tudo.
CONCLUSÃO
A educação inclusiva na escola, está longe de
ser uma realidade. Faltam meios e especializações, a escola não é adaptada para
receber alunos com deficiências e, dotadas de professores sem formação
especifica para trabalhar com o processo de integração plena e sem nenhum
preparo para trabalhar em parceria com o ensino regular, infelizmente essa
realidade constitui regra em nosso meio, pois não existe salas de recursos
específicos para apoiar crianças com deficiências visuais profundas. Concluir que
não a inclusão.
REFERÈNCIA
BIBLIOGRÁFICA
GONZÁLEZ, J. A. T.
Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed,
2003.
SOARES, Magda. Letramento e Alfabetização: As
Muitas Facetas, Universidade Federal de Minas Gerais, Centro de alfabetização,
Leitura e Escrita, Revista Brasileira de Educação, outubro de 2003.
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